Apesar de estar na lista das madeiras consideradas de lei, expressão de antepassados coloniais, o mogno brasileiro já foi um dos protagonistas, em relação ao cultivo e demanda por esse tipo de matéria-prima, aqui no Brasil. Por isso, muitos problemas trouxeram a necessidade de uma alternativa substitutiva: o mogno africano.
Para substituir o tipo brasileiro dessa madeira, o tipo africano recebe cada vez mais atenção no mercado madeireiro, por apresentar muitas semelhanças. Apesar disso, esses dois tipos de árvores podem apresentar alguns pontos divergentes, uns irrelevantes e outros extremamente interessantes para o produtor.
Saiba mais sobre as diferenças entre o mogno brasileiro e o mogno africano.
Mogno Brasileiro: dificuldades de cultivos atual
É conhecido como o ouro verde, por conta do seu lucro. Foi trazido da região amazônica, sendo a principal madeira nobre usada no território brasileiro. O seu uso está relacionado à composição de móveis de luxo, painéis, instrumentos musicais, enfim.
Porém, devido ao seu intenso uso para comercialização ao decorrer dos anos, na forma de extração predatória, e intensa ocorrência de pragas, como a “broca de ponteiro”, está em desuso nos plantios comerciais.
Mogno Africano: o mais novo “ouro verde”
O mogno africano, foi inserido para cultura em terras brasileiras na intenção de substituir o tipo brasileiro, pois como mencionamos, são muito semelhantes. O plantio experimental iniciou na década de 1970, com a finalidade de suprir demandas de reflorestamento e posteriormente, para comércio, conforme a sua adaptação ao nosso clima.
Por isso, o mogno africano é considerado agora, o novo ouro verde, pelo seu potencial e resistência. Isso significa que ele pode trazer grande retorno financeiro aos que investem agora.
As principais diferenças entre esses dois cultivos
Obviamente, a origem é um ponto que diverge as duas madeiras nobres, sendo que uma foi trazida para cultivo no Brasil, e apesar da sua ótima adaptação, não pertence originariamente às terras brasileiras.
Podemos elencar a tonalidade das duas madeiras também como um ponto divergente, apesar de não fazer muito impacto na sua comercialização. Enquanto o mogno brasileiro possui tom mais avermelhado, o mogno africano demonstra tons mais rosados, o que não prejudica a beleza e versatilidade de ambos.
Uma característica extremante importante é a resistência as pragas, que pertence ao mogno africano, menos suscetível a elas e por isso mais forte. O tipo africano possui grande resistência à broca das meliáceas (Hypsipylla grandella), por exemplo, além de várias doenças.
Por fim, está na lista de diferenças uma maior facilidade de cultivo, pois o mogno brasileiro tem carregado consigo uma série de burocracias em torno do seu plantio, por conta de problemas de extinção. O mogno africano, ainda que tenha também, obviamente, necessidade de certificações, não possui tantas demandas nessa área, ao produtor.
Apesar de muito semelhantes, o mogno brasileiro e o mogno africano não são iguais. O destaque do tipo africano fica por conta de sua alta resistência às pragas e ótima adaptação ao território brasileiro, apresentando ao nosso mercado um grande potencial no futuro.