Investimento Florestal Radix

O Que é a Bioeconomia e como ela Pode Transformar a Amazônia

Por muitos anos, o desenvolvimento econômico foi visto como um dos maiores inimigos dos povos e comunidades tradicionais, e da preservação do meio ambiente. Ao mesmo tempo, a legislação e os grupos militantes em defesa da sustentabilidade socioambiental também eram vistos como um entrave para a economia e o empreendedorismo.

Felizmente, o que temos visto nos últimos anos é uma mudança gradual na mentalidade, tanto das populações, quanto dos empreendedores. Isso vem ocorrendo principalmente devido à pressão crescente de consumidores e investidores, sobre a necessidade da adaptação das grandes indústrias e mercados para um novo objetivo: o desenvolvimento sustentável.

Além disso, parte dos produtores industriais começaram a se preocupar com a possibilidade de que a exploração destrutiva acabe levando materiais essenciais para a sua produção à escassez futura.

Do outro lado da moeda, estão as comunidades tradicionais, que passaram a entender e valorizar a importância do crescimento econômico, desde que esse potencial seja alcançado sem desrespeitar sua cultura, seu território e seus recursos naturais.

Nesse novo contexto, um conceito ganhou importância e destaque não apenas nas rodas de conversa, mas também na mídia, em modelos de negócio e até mesmo nas grandes conferências globais sobre o clima. Estamos falando sobre a bioeconomia.

Mas, afinal de contas, “o que é a bioeconomia?”, “quando surgiu esse conceito?” e a pergunta mais importante: “de que forma esse conceito contribui para transformar a sociobiodiversidade em uma das maiores aliadas da economia?”

Uma Tendência Sustentável

Poucos sabem, mas esse conceito surgiu dezenas de anos atrás, quando Nicolas Roegen, um economista natural da Romênia, passou a defender que princípios biofísicos também deveriam ser considerados pelos estudiosos das ciências econômicas.

Segundo ele, a produção de bens de consumo estaria consumindo a matéria prima de forma descontrolada e com isso, afetando a disponibilidade de recursos e a capacidade de produção das gerações futuras. Com isso, ele concluiu que uma tecnologia só se provaria viável caso fosse capaz de se perpetuar sem impactar na disponibilidade de recursos não renováveis.

A Bioeconomia

Também conhecida como economia sustentável, a bioeconomia nada mais é do que um segmento que visa produzir, estimular ou viabilizar a produção, seja industrial ou artesanal, com inteligência e consciência.

Esse campo de conhecimento nasceu para valorizar a riqueza natural e é pautado na utilização de recursos biológicos e matrizes renováveis para potencializar uma economia próspera, resiliente e sustentável. Alguns dos diferenciais desse modelo incluem o consumo consciente, a inovação tecnológica, a economia circular e a harmonia entre o lucro, o planeta e as pessoas.

Para isso, o principal recurso utilizado pelos defensores da bioeconomia é a ciência. Por meio da pesquisa, os estudiosos podem desvendar os benefícios e propriedades de cada espécie da biodiversidade, o que ampliou em grande escala o número de espécies com possibilidade de aproveitamento comercial e industrial.

Além disso, o crescimento do investimento em pesquisas sobre a diversidade biológica também viabilizou o desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas. Essa inovação é essencial para criar e otimizar os processos de diferentes etapas da cadeia de produção e consumo, transformando a indústria em uma versão ainda mais rentável e muito mais sustentável.

O Potencial Brasileiro

Resumindo, a bioeconomia não é nada mais do que uma área do conhecimento que se dedica a oferecer soluções viáveis e sustentáveis para todos, tendo como matéria prima a sociobiodiversidade de determinado território.

Pensando nisso, não é um exagero afirmar que o Brasil é a nação com o maior potencial de se destacar nesse mercado em ascensão, não é mesmo? A verdade é que não apenas abrigamos a maior floresta tropical do mundo em nosso território, como também podemos encontrar nesse país diversos biomas, totalmente distintos entre si. Cada um deles com a sua beleza e sua riqueza própria. Além disso, o Brasil também se encontra em primeiro lugar quando o assunto é biodiversidade.

Infelizmente, por muitos anos o nosso povo e nossas lideranças falharam em reconhecer essa, que é a nossa maior oportunidade e vantagem competitiva. Mas tudo mudou, e agora o que não faltam são iniciativas verdadeiramente sustentáveis e empreendedores dispostos a fazer a diferença por um futuro mais justo e mais verde.

Ainda há um longo caminho pela frente e muito a ser aprendido, mas a verdade é que temos o potencial inquestionável para gerar impacto positivo, gerar riqueza e agregar valor aos nossos produtos biológicos e à nossa indústria de base tecnológica.

Tudo isso mostra que o Brasil é uma potência em andamento, e que se trilharmos juntos esse caminho, ainda poderemos liderar uma revolução verde em um mercado decisivo para a manutenção de nossa espécie!

O Papel do Brasil na COP27

Muito por esse motivo, o Brasil voltou a ter protagonismo na Conferência da ONU Sobre as Mudanças Climáticas (COP27), que ocorreu no final do ano passado e reuniu diversos setores da sociedade em torno de um objetivo comum: a agenda do clima global.

Estiveram presentes representantes do governo, da sociedade civil e das populações tradicionais. Cada um desses trazendo suas perspectivas, desafios e iniciativas para compartilhar com os demais.

Diversos representantes do setor privado também compareceram ao evento, tanto com o objetivo de demonstrar o comprometimento com suas responsabilidades no combate às mudanças climáticas, quanto para conquistar e negociar investimentos, parcerias e apoio para fortalecer a agenda do desenvolvimento sustentável.

Não a toa, um aguardado painel apresentado no evento, foi justamente o “Da ciência à ação: Bioeconomia como alternativa para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”. Apresentado por cientistas brasileiros, esse estudo demonstrou o potencial transformador que a bioeconomia tem para oferecer ao bioma amazônico.

A Bioeconomia na Amazônia

Liderado por grandes stakeholders da região amazônica, como o IPAM e a Imaflora, esse painel explorou as inúmeras alternativas e possibilidades de geração de renda e desenvolvimento com a manutenção da floresta em pé.

Por meio da coleta e estudo dos dados e dos pontos de vista daqueles que habitam a floresta, foi possível comprovar o papel fundamental da bioeconomia para estimular, na Amazônia, a presença e operação de negócios responsáveis e alinhados com as necessidades e expectativas da comunidade local.

Felizmente, existem cada vez mais iniciativas empreendedoras com o propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas e o crescimento econômico, impulsionando o uso sustentável de recursos, como a terra, a água, a madeira e a cultura regional.

Negócios da Floresta e pela Floresta

Além disso, a União Europeia recentemente aprovou um acordo que restringe a importação de produtos oriundos de áreas desmatadas ou degradadas depois de dezembro de 2020.

Apesar de assustar alguns produtores, para outros isso se trata de uma conquista. Essa oportunidade permitirá que negócios pautados no respeito à floresta em pé ou no manejo sustentável ganhem ainda mais destaque e valor. Para a Floresta Amazônica isso será ainda mais decisivo, pois ela ocupa grande parte do território brasileiro e é responsável por abrigar boa parte das espécies existentes no mundo.

A boa notícia é que atualmente já não são poucos os negócios, de diferentes setores e seguimentos de mercado, que estão apostando no potencial econômico da Amazônia para receber empreendimentos de impacto. São iniciativas comprometidas com a integridade do ecossistema, com o fortalecimento da economia local e com uma distribuição justa dos benefícios gerados pela empresa.

Muitos projetos merecem ser citados, como exemplo o desenvolvimento de alimentos e ingredientes plant-based, a produção de bioplástico, a pesquisa por proteínas alternativas, a pesca sustentável, entre muitas outras iniciativas.

A Radix Investimentos Florestais, por exemplo, é uma green tech que nasceu para democratizar o investimento em florestas. A iniciativa garante, para pequenos e médios investidores, a oportunidade de investir em florestas plantadas e lucrar com a exploração sustentável de madeira certificada e rastreável. Além disso, a Radix ainda conta com uma spin-off que viabiliza o investimento em sistemas agroflorestais e silvicultura mista. Vale a pena conhecer essas iniciativas.

Por Milene Moraes Almeida
Pós-graduada em Marketing Socioambiental e
Gerente de Relacionamento com o Investidor Radix

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